Estamos novamente perante um momento importante da nossa história democrática. Vamos eleger um dos candidatos para o cargo de Presidente da República Portuguesa. É um direito que temos, mais, uma tarefa que nos foi incumbida e que representa o múnus existencial da Democracia Portuguesa (como de qualquer outro sistema da mesma índole). Neste sentido, não poderia deixar de fazer o apelo ao vosso voto no próximo dia 23 de Janeiro. 

Mais do que escolher um líder, ao votarmos, estaremos a demonstrar a nossa integração plena no sistema em que vivemos. Por isso, freixenses, vamos todos ao acto eleitoral votar, naturalmente tendo em conta que quem estamos a escolher é aquele que representa melhor as nossas pretensões para o país.Quando não concordamos com nenhum dos candidatos, optaremos pelo voto em branco que, ao contrário do que muitos pensam é contabilizado e não é "o mesmo que não ir lá".

Freixenses, conto convosco para a (re)construção do nosso país!    

O Ano Muda, a Tradição Continua!

Boa noite.

Virámos mais um ano, esperando que seja abundante em frutos e em bons sentimentos. Na entrada do mês de Janeiro, a população de Freixo não poderia deixar de comemorar o dia litúrgico designado como Epifania, popularmente conhecido como o Dia de Reis. De facto, e à semelhança dos anos anteriores, os Reis foram cantados, não obstante a malograda intempérie que assolou a noite de dia 5 mas que, simultaneamente, se demonstrou insuficiente  para destituir o grupo da intenção, impossibilitando o cumprir da tradição. Está-nos no sangue - no nosso, o freixense -, a teimosia pelas boas causas e, quando respeita à manutenção de costumes, não há volta a dar: lá estamos, faça chuva ou faça sol!

Além do grupo estar de parabéns pela sua força de vontade colossal, também a população deve ser felicitada pela forma sempre afável e hospitaleira como lhe abriram a porta para o serviço de uma bebida espirituosa, assim como pelas avultadas e desprendidas esmolas, não cuidando o momento de crise que vivemos...

A todos os que mais um ano se esforçaram para manter a tradição, o Fraxinus deixa uma grande palavra de felicitação, fazendo votos de que a tradição não acabe!      

Notícia da Queda de um Meteorito em 1799

Capa da publicação original de 1799

A propósito de uma curiosidade histórica, permitam-ne partilhar um excerto de um livro  de 1799 intitulado Letters Written During a Short Residence in Spain and Portugal  (Cartas Escritas durante uma Curta Residência em Espanha e Portugal), pertencente ao autor Robert Southey e que relata um situação curiosa que nos fornece simultaneamente dados acerca de alguns indivíduos do meio freixense dos finais do século XVIII. Passo, portanto, a transcrever ipsis verbis como consta na página 239 do referido livro, limitando-me no entanto a copiar apenas o relato em português que, no original, se encontra traduzido igualmente em inglês, a língua materna do autor.

Letter XVIII

A phaenomenon has occured here within this/ few days wich we sometimes find mentioned/ in history and always disbelieve. I shall make/ no coment on the account but give you an/ authentic copy of the deposition of the witnesses/ before a magistrate.

Elias António, Juiz Ordinário do Termo de/ Evora Monte e Morador na Freguezia de Freixo, 

na Herdade dos Gayos, - dice

Que no dia 19 de Fevereiro [de 1799] entre huma para as/ duas da tarde, ouvira doas estallos, semel-/ hantes aos da expulsaon das minas, depois que/ sentira um grande estrondo ou rugido,/ que durava perto de dous minutos, e que obser-/vando o horizonte não vira escuridão, nuvem,/ ou vestígio por onde inferisse a causa da quelle/ aconticimento. Porem tinha reconhecido que/ o dito rugido currio de Norte para Nascente, estando o dia claro e sereno.

Gregorio Calado, lavrador na Herdade do Pazo,/ termo do Redondo, dice, sentia o estrondo/ referido, e que passando um pequeno espaço/ de tempo, um criado seu, chamado Joze Fialho,/ lhe apresentara uma pedra de cor de chumbo,/ que pesava, 10 arrateis, scudo a sua figura irre-/ gular. Cuja pedra foi conduzida pelo dito Joze/ Fialho, que se achava em huma folha da dita/ herdade denomina Tasquinha no termo de/ Evoramonte, para ter  observado que depois/ dos estallos e estrondos, tinha cahido perto dele,/ hum corpo grave, e inda procurar achava a dita/ pedra, cravada na terra ainda morna, e a terra/, movido de fresco. O mesmo afirmarão mais/ quatro mozos que estavam na quelles con-/tornos.

Além de ser uma notícia de grande curiosidade e riqueza, pela sua raridade de ocorrência nas fontes convencionais, transmite-nos dados indirectos para a encenação de um espectro limitado para a definição da sociedade da nossa terra em finais de século XVIII. Aparecem-nos referências a 3 pessoas: Elias António, Juiz Ordinário de Évoramonte (que na altura era concelho e ao qual a freguesia do Freixo pertencia), morador na Herdade dos Gaios; Gregório Calado, Lavrador na Herdade do Paço, termo de Redondo (ainda que mais próxima do Freixo); José Fialho, criado de Gregório Calado. Através destes dados podemos tirar algumas ilações históricas, ainda que muito vagas.

A primeira é que se tratam efectivamente de figuras de diferentes estratos sociais, sendo um deles magistrado, outro um lavrador e, por fim, um criado. Tal permite-nos visualizar que a sociedade do Freixo de finais  do século XVIII tem um carácter pluralista no que respeita a estatutos sociais, não se limitanto apenas à existência redutora da mais típica "nobreza rural" e proprietários. A este respeito é particularmente notório o facto da moradia do Juiz do Concelho ser na freguesia do Freixo. 

Da mesma maneira, neste documento vem confirmado o facto de que me tenho vindo a aperceber, relacionado com a importância da Herdade dos Gaios e a sua relação directa com a elite culturalmente instruída da época. De facto, existem registos de em meados do século XVIII a referida herdade  pertencer à família de um presbítero do Freixo que assinava como "Padre Doutor" (cujo nome de momento não me ocorre, perdoem-me) mas que seria interessante procurar a confirmação da sua previsível relação familiar com o juiz, cuja geração não irá além da primeira depois do padre que, se não estou em erro, morrerá já na segunda metade de 1700.

Como se pode ver, esta publicação que posto, trata-se apenas de uma nota sumária, de um pequeno contributo para a junção do grande arsenal de peças dispersas que constituem a história do Freixo. No entanto, estou ciente que é desta maneira muito gradual e por vezes pouco progressiva que o processo historiográfico se constitui, particularmente no caso do Freixo, que por vicissitudes das várias épocas as suas páginas se encontram olvidadas por entre os volumes inertes e obscuros de muitos arquivos... 

Feliz Natal e Próspero Ano Novo

Queridos amigos, chegada a altura em que todos temos uma palavra de votos a dar uns aos outros, o Fraxinus não poderia deixar de desejar a todos um santo Natal e um ano novo abundante de graças!

Aproveitando, também o tempo habitualmente conotado com a paz e a concórdia, quero dar relevo a esses valores tão importantes e desejar que brilhem dentro de nós e que os possamos reflectir como a estrela do Presépio ou da árvore do Natal. A todos vocês, caros leitores, e às vossas famílias e amigos, Boas Festas!

Com um abraço fraterno, 

Fraxinus Excelsior

Será falta de liberdade?

Num dos comentários que alguém fez à mensagem dos compadres, vinha a alusão ao facto de neste blog não haver liberdade de expressão, porque as mensagens estão sujeitas à minha aprovação antes de serem publicadas.

Em primeiro lugar, devo dizer que enquanto republicano democrata e antifaxista que me assumo, sou totalmente a favor da liberdade da liberdade de expressão e condeno todos os mecanismos que impeçam as pessoas de se exprimirem, consoante o seu pensar. Não admito, portanto, que se façam insinuações desse género a meu respeito.

Em segundo lugar, penso que devemos pensar muito bem no que vamos dizer antes de o fazermos. De facto, em Portugal temos liberdade de expressão, assim como o temos plenamente neste blog. É um dos direitos inalienáveis da condição humana e uma das grandes vantagens de um sistema democrático. Agora, quando reclamamos liberdade de expressão é porque nos queremos verdadeiramente exprimir. Ao nos querermos exprimir estamos a consumar o facto de expor ideias pessoais, ideias próprias sobre determinados assuntos. Onde eu quero chegar com isto é: se se tratam de ideias pessoais QUE QUEREMOS EXPRIMIR, temos que nos assumir e não viver cobardemente refugiados no anonimato. Além disso, parece-me que a liberdade de expressão nos obriga a pensar, pois se nos expressamos enquanto nós próprios é o nosso nome que tem de estar adjacente e é ele que se responsabilizará pelo que sair da nossa boca. É assim que funcionam os sistemas onde há liberdade de expressão. 

Quanto ao facto dos comentários serem vistos por mim antes de serem publicados, parece-me uma medida extremamente proteccionista. Se visse os comentários que já tenho recebido, que além de a nada se referirem ao conteúdo das mensagens, servem apenas para libertar expressões em calão, garanto-lhe que se os tivesse publicado não seria este blog o ofendido.

Por ourtro lado, pense assim: imagine que postam aqui comentários ilegais relacionados com pornografia infantil e assuntos do género. Esses items são punidos perante a lei e aí, quem seria punido era eu, enquanto administrador...não me agrada.

Seja como for, por acreditar que um sistema só é democrático, verdadeirtamente, se nele houver premissão para se discutir sobre as questões relativas à existência, ou não, da liberdade de expressão, propronho que participem na sondagem ao lado, para que se possa ter uma noção do sentimento que os leitores e participantes têm à cerca da forma como a liberdade de expressão está presente no blog.

Saudações!

Fraxinus Excelsior 

Votos de uma Boa Páscoa

O blog Fraxinus Excelsior deseja a todos os seus leitores e seguidores uma feliz e espiritual Páscoa

A Quaresma nas Tradições Freixenses

Caros freixenses e amigos,

Creio que ao avizinhar-se mais uma Páscoa, o momento apoteótico da fé cristã, é bom termos presentes algumas ideias, que no fundo estão enraizadas sob modelos tradicionais no povo freixense mas que hoje-em- dia estão a entrar em dezuso e, portanto, parece-me ser a forma e o momento oportunos de as lembrar.

Na verdade ainda não estamos no tempo designado pela Igreja como Tempo Pascal, pois como todos sabem estamos na Quaresma, aquele período que antecede a Páscoa em quarenta dias, e que teve início na Quarta-Feira de Cinzas, comummente lembrada com o comer de fradinhos de azeite e vinagre. De facto por muito estranho que pareça a alguns, o significado desta refeição é dotado de grande simbolismo religioso. Os fradinhos são uma refeição pobre, com ausência de carne e que simboliza o fim do Entrudo - tempo de festa - e o início da Quaresma, um tempo de recolhimento sem divertimentos, um tempo essencialmente de meditação e renúncia aos bens materiais. 

Com isto quero lembrar um pouco o cariz etnográfico deste período. De facto, se perguntarmos aos mais antigos, eles dirão que no seu tempo não eram permitidos bailes até à Páscoa, com excepção do Baile da Pinha, que era excepcionalmente realizado quinze dias antes da Páscoa. Outra das características do tempo quaresmal e seguida à risca por eles era o jejum de carne às quartas e às sextas. Havia uma forma de redenção diferente, embora não tivesse generalizada, em parte por razões económicas, que era de pagar a bula. A bula era uma espécie de imposto cobrado pela Igreja, dando uma autorização confirmada por um eclesiástico, que confirmava o direito do seu pagador ao consumo de carne. A realidade é que, não recorrendo geralmente a este meio, a maioria das pessoas "optava" pelo jejum de carne às quartas e sextas em memória da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em suma, só se voltava a comer carne "à séria" na segunda feira de Páscoa com o célebre borrego anteriormente degolado, na Sexta-Feira Santa.

Hoje os tempos mudaram e consigo também os hábitos. A Igreja já só impõe o jejum a quem o possa fazer, estando os doentes e os que praticam trabalhos de grande esforço físico isentos da norma. Com esta mensagem não pretendo incitar à prática do jejum (não obstante os benifícios que traz à saúde, já provados cieníficamente), mas antes fazer uma memória muitíssimo breve de uma das tradições mais marcadas do mundo católico e, no caso particular, da nossa terra.

Saudações e bom jejum!     

"Compadres 2010" : um modelo a não seguir!

Pois é, há cerca de um ano por esta altura postei uma mensagem a criticar as comadres por terem ido festejar o seu dia ao Redondo.

A mensagem levantou grande polémica, uma vez que uma série de compadres assentiram a minha mensagem, levando inclusivamente à troca de insultos entre os dois grupos, facto que me induziu a tirar a mensagem, naturalmente, em nome de um bom ambiente, ainda que virtual.

Passado um ano, tenho o sentimento de que tive um "déjà vue". Então não é que os preconizadores de uma onda de relutância tão acentuada face a atitude das senhoras, passado um ano fazem exactamente o mesmo, cortando a tradição que ia ficando cada vez mais sólida, de se reunirem na Casa do Povo, nesse dia?!

Como podemos ver, muitas vezes devemos morder a língua quando contestamos as atitudes dos outros, ou se não o fazemos, no mínimo devemos obrigar a nossa conduta a servir de exemplo para as situações de que discordamos. Se assim não for, creio que estamos a cair na hipocrisia exacerbada. Compadres, tenham vergonha!

Perdoem-me a expressão num tom demasiado coloquial mas, como dizem os antigos:

Corvo e Gralha é tudo a mesma canalha!

E desta vez, garanto, não retirarei a mensagem, sejam quais forem os comentários!

Gastronomia "à Antiga Alentejana"

Uma das mensagens que consta na lista deste blog intitula-se "O Freixo e os Petiscos" e nela é exaltado quão amantes os freixenses são dos prazeres gastronómicos. De facto temos razões para isso. A nossa cozinha é apurada, sejam os cozinheiros homens, ou mulheres. 

Para além da apreciação que nutrimos pela comida, a verdade é que também temos receitas próprias da nossa terra, isto é, são vulgares por todo o alentejo mas têm retoques peculiares que não lhes é dado na gíria da culinária. Lembro-me assim, das famosas Sopa Azeda e Sopa Turca, assim como do raro Feijão com Poejos e Bacalhau, passando pela doce Tiborna, ou até mesmo das sobremesas mais desenjoadas, como as Papas de Farinha. 

Embora não nos pareça, pois estamos habituados a conviver frequentemente com esses acepipes, são pratos dotados de um sabor e aroma únicos e mercem, por nossa parte, alguma atenção visto se restringirem, muitos deles, aos livros de receitas dos cozinheiros - e principalmente cozinheiras - mais antigos.

O que proponho é que se faça uma amostra destes pratos, convenientemente divulgada, de forma a mostrarmos uma das muito boas coisas que temos: a culinária. 

Uma vez que o assunto das caminhadas se encontra paralizado - espero eu, por causa do mau tempo - seria proveitoso arranjarmos soluções atractivas "à lareira", bebendo um bom tinto.   

Precisamos de Dinheiro!

Estamos a progredir. Temos uma colectividade melhor equipada, algumas infra-estruturas concedidas pela autarquia e até já podemos fazer tranquilamente chamadas de televóveis em qualquer lugar.

Contudo, ainda falta muito para que possamos estar com todas as nossas necessidades satisfeitas.

Recordo-me, à cabeça, de uma que considero fundamental: a possibilidade de podermos fazer pagamentos, transferências e levantar dinheiro. Precisamos de um multibanco.

É verdade que a crise é grande e o dinheiro é pouco, mas também é verdade que para levantarmos o pouco que temos somos obrigados a ir ao Redondo ou a qualquer outro local das redondezas que o disponibilize.

Não seria de bom senso, por parte de algumas entidades competentes, pôr uma caixa multibanco ao serviço da população do Freixo?

Apesar de não conhecer o procedimento necessário, acho que seria muito útil a todos. Pensemos nisso

Aceitam-se sugestões!

Todos sabemos que o Fraxinus não se trata de um blog que tem como fim criticar os outros e os órgãos administrativos do nosso concelho. Ainda assim, não deixa de ser um transmissor das nossas angústias, dúvidas ou necessidades. Por isso, o que se pretende aqui propor é que façam desabafos, digam o que vos vai na alma e reflitam as vossas necessidades em comentários. Naturalmente, sabe-se que elas não vão ter um impacto directo em quem as compete satisfazer, contudo, entendo que através do nosso blog podemos chegar longe, ainda que por meios indirectos.

O que pretendo com esta mensagem é que lancem temas para discução sobre diversas situações que afectam o quotidiano de todos, de forma a que elas sejam resolvidas.

Não sejam tímidos.

Cumprimentos,

Fraxinus Excelsior

A Tradição Continua

À semelhança do que aconteceu o ano passado, a Casa do Povo de Freixo voltou a organizar um grupo para cantar os Reis. A noite foi, como sempre, formidável e todos foram muito bem recebidos pela simpatia do povo da localidade, que sempre lhes deu esmola e alguma pinga de aguardente para aquecer o espirito na noite fria que se sentia.

Começou-se pela Vidigueira, depois Fazendinha, Gaios, e, finalmente, o Freixo, com a terminação habitual na casa do João das Mantas a tomar o seu precioso nectar espirituoso.

Vamos contar quee esta tradição tão importante não termine e que seja continuada, especialmente pelos mais novinhos, que até já vão participando no cante.

Seja como for, deixem-me realçar que é importante, também que as pessoas continuem a ter uma recepção tão positiva, embora muitas por desfazamento do tempo, se encontrem já deslocadas deste espírito e, portanto, não tiveram uma receptividade muito simpática.

Mas, enfim, há que estar preparado para que a resposta à pergunta: Oh patrão, pode-se cantar os Reis ou não?, nem sempre seja afirmativa, pois já assim o era noutra altura!

A Festa do Natal!

Caros Amigos,

Estamos na altura do Natal, tempo mágico especialmente para os mais pequenos.

Que sirva a presente mensagem para felicitar a Casa do Povo pela boa inciativa que teve ao realizar uma festa para as crianças, no passado dia 13 deste mês. A festa pôde contar com a passagem de um filme, um lanche e também com a presença do velho Pai Natal que destribuiu prendas que deixavam um sorriso na boca dos mais pequenos.

Contudo, deixem-me lembrar - pois sou um assumido saudosista - do tempo em que tinha menos uns aninhos e que contava os dias à espera da festa do Natal, ou melhor, das festas do Natal, pois na escola primária do Freixo, ainda em pleno funcionamento, tinhamos uma festa com a familia e o professor. Era uma alegria!

Passavamos dias ao lume a decorar as falas que faziamos nas peças de teatro e que frequentemente confundiamos, pois estavamos a trabalhar duas peças, normalmente com alusão ao tempo natalicio, embora algumas se tratassem de comédias, também. Ainda me lembro da última grande festa que aconteceu na nossa terra (estou a dar voltas a cabeça mas não me consigo lembrar do ano concreto em que foi...), em que fizemos um teatro na Casa do Povo dirigido pela professora Joaquina Barradas....é pá, aquilo é foi rir! E os aplausos?!... tantos, mas tantos...

Hoje em dia, creio que esse espírito ja está dissipado, pelas mais diversas circunstâncias. Era engraçado que se recuperasse. Mas, custa-me dizer, é quase impossivel. Primeiro, porque a cruel realidade é que o Freixo já quase não tem crianças (o encerramento da escola foi o primeiro sinal disso); em segundo porque a disponibilidade das pessoas para o espírito colectivo, também não é a prioridade...é a crise. Crise demográfica, crise de valores, crise económica...crise de tudo.

Este ano, fez-se o que se pôde. Na minha perspectiva, naturalmente contaminada pela grandeza e complexidade das festas de Natal da minha infância, devo dizer que soube a pouco. Eis que apresento a solução: deixem-se levar pelo espírito Natalício e tenham meninos, para que num grupo maior de crianças o Natal do Freixo volte à grandeza que já teve!

Convido-vos a partilharem, também as vossas memórias e a presentar sugestões.

Que Foi Feito das Caminhadas?

Houve por aí, inclusivamente neste blog, um surto de actividade à volta do assunto das caminhadas. Congratulou-se a autarquia pela marcação dos percursos, deu-se incentivo à Casa do Povo, a Casa do Povo chegou até a colocar a iniciativa no seu plano de actividades de 2009...

Mas o que é certo é que cheagando a finais de 2009, não vi grande desenvolvimento deste assunto por parte da instituição.

A minha opinião é que isso é, claramente, um desperdício de recursos. Certamente que me poderão responder que "vai tu, se quiseres! Com o frio que está!"... e eu respondo: "passou a Primavera, o Verão e o Outono e nada foi feito".

Espero que não se tenha tirado dos horizontes da colectividade da minha terra, as caminhadas como uma forma de atrair e dinamizar o Freixo.

Conto com a vossa opinião, caros leitores!

Bom Natal e Ano Novo

O Blog Fraxinus Excelcior deseja a todos os leitores e vizitantes um Santo Natal e um Próspero Ano Novo 2010.

A Falta de tempo tem sido o meu lema

No dia 12 recebi um comentario que falava da ausencia de mensagens que tem gravemente assolado o nosso blog. De facto, devo dizer que a bom tempo me criticou construtivamente, ao demonstrar a sua tristeza pela grande ausencia de mensagens que se tem verificado.

A todos devo pedir desculpas, porque na realidade tenho andado despegado do nosso outrora tão lido e comentado blog.

Contudo, nao posso deixar de fazer dois pequenos reparos justificativos desta situação. Em primeiro lugar confesso que fiquei, também eu, triste pela falta de colaboração dos leitores, nos ultimos tempos em que coloquei mensagens. Os comentarios foram praticamente nulos. Aconteceu uma vez e eu, ficando triste com a situação voltei a postar uma mensagem e em seguida dei-me ao trabalho de enviar uma mensagem a muitas das pessoas que liam - e que eu sabia fazerem-no - a incentiva-los a escrever. Ninguém escreveu.

Apesar de tudo, devo dizer que afinal essa também não é, em boa verdade, a principal razão pela ausencia de postagens. O facto é que também não tenho tido, praticamente, tempo nenhum para me dedicar afincadamente a estes assuntos que, apesar de importantes, têm um papel extramente secundário na minha vida.

Seja como for, devo a todos os leitores e aos que tiveram a trabalho debalde de virem visitar o blog o encontraram morto, um pedido de desculpas. Vou fazer um esforço para que tal não aconteça ou, pelo menos, que seja com menos regularidade.

Obrigado pelo alerta, caro Anónimo! É sempre bom haver alguém que evite o esmorecimento das iniciativas!

Cumprimentos,

Fraxinus Excelsior

Comemoremos com bom vinho!

Sirva a presente mensagem para congratular a TMN que, embora já tarde mas ainda em boa hora, conseguiu fazer um grande favor aos habitantes do Freixo, pelo menos aos que possuem telemóveis da mesma operadora, ao ligar a antena que finalmente garantiu faculdade de rede em todas as àreas da mesma terra.

O facto de a antena estar ligada e implantada no edificio da Casa do Povo tem grande importancia: significa que a instituição está a cumprir o seu dever para com a terra. Na realidade, tem procurado satisfazer as necessidades da população freixense, da forma mais atempada possivel.

Já agora, aproveito para mencionar mais um evento que ocorreu por organização da Casa do Povo, que foi a comemoração do S. Martinho com boa castanha, vinho e uns acepipes complementares que foram de grande préstimo para atenuar a propagação rápida do álcool no sangue. Foi uma noite animada, onde reinou a boa disposição.

Fazer a História do Freixo: uma dificuldade

Há tempos, há muito tempo atrás foi colocada uma sondagem no Fraxinus Excelsior para que se desse oportunidade de decisão aos leitores sobre os temas a abordar. Nessa sondagem ficou num lugar proponderante a "História Local", que na realidade representa um importante passo para a definição identidade freixense.

Sendo respeitada a decisão dos leitores, procedeu-se à abertura de um pequeno processo de investigação histórica sobre o Freixo, no sentido de encontrar fontes directamente relacionadas com o sítio. O que se pode dizer a este respeito não é uma boa notícia. Na realidade o Freixo carece de fontes históricas a ele relacionadas directamente, inclusive no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, onde julgava encontrar alguma informação importante, após ter tentado -infrutiferamente - no Arquivo Distrital de Évora.

Há apenas referências muito generalizadas, nomeadamente as presentes no Inventário Artístico de Túlio Espanca; livros de Registos Paroquiais; etc. Contudo, são material que, do ponto de vista historiográfico, são de caris algo genérico e que não permite muitos avanços significativos no estudo local do Freixo. Portanto, a melhor forma de dar algum progresso ao assunto é começar uma investigação sistemática em fontes secundárias, de instituições (como as Misericórdias, por exemplo), que em certo período histórico estiveram relacionadas com o Freixo.

Assim, peço a todos os interessados e aos que acaso tenham em sua posse alguma informação, me transmitam tal para o blog, para que se possa realmente concretizar o que já vem a ser "um sonho" para alguns dos freixenses: a realização de um pequeno estudo monográfico sobre a nossa terra.

A todos um grande bem-haja!

Avisam-se todos os interessados que no proximo Sábado, dia 7 de Novembro, realizar-se-á um evento intitulado: "Pelas Faldas da Serra", no qual haverá lugar para todos os que desejarem participar, mediante inscrição prévia e obrigatória.

O envento, à semelhança do que aconteceu em 2007, consiste numa caminhada na qual se terá o prazer de deslumbrar os diversos encantos da encosta preservada da Serra d'Ossa (uma vez que a maior parte da área serrenha foi afectada pelo processo de eucaliptização), tanto a nível de caracteristicas únicas proporcionadas pela riqueza do ecossistema implantado pela natureza, como também aquelas que foram estabelecidas pela mão do Homem desde há milhares de anos!

O passeio tem o selo de garantia da Slow Food, uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que desde a sua criação tem desempenhado um papel importante na filosofia de recuperação de hábitos gastronómicos e culturais "em vias de extinção"e, colminará num petisco lento, na Casa do Povo do Freixo (opcional).

Quem se quiser inscrever pode fazê-lo através dos seguintes contactos:

slowfoodalentejo@gmail.com

91 996 41 36

Contamos contigo!

Os Freixenses Decidiram!

É com imenso orgulho que se publicam os resultados dos votos na sondagem que se encontra no espaço lateral do blog.

Assim, a ordem preferencial foi a seguinte:

Tradições Locais: 13 votos

Politica Local: 10 votos

Historia Local: 7 votos

Ambiente: 3 votos

Ecologia: 2 votos

Enquanto gestor do blog prometo que vou fazer, sempre que possivel, um esforço para ir de encontro às preferências mais marcadas da votação ainda que nem dempre seja possivel encontrar temas em todas as areas, depende do que for surgindo na minha mente e dentro das minhas possibilidades horárias. Terei imenso gosto em escrever sobre temas que me alertem e que por serem interessantes devem ser publicados.

Obrigado a todos por terem votado. Conto com a vossa colaboraçao e peço que nao deixem de participar.

O Freixo e os Petiscos

Caros amigos,

É com alegria que vemos o nosso Freixo a progredir: ja colocaram bancos por toda a aldeia e semáforos ás entradas, entre outras, apesar de nao estarem de forma alguma completas as intervençoes necessarias: buracos na estrada dos gaios que ainda nao estao tapados, etc.

Soube agora de uma outra iniciativa que está a ser tomada pela Casa do Povo. Parece que agora vai haver mensalmente um petisco/convivio na Casa do Povo para os que quiserem ir.

Ao que parece a iniciativa nao é má: promove o convivio e a alegria. Mas...perdoem-me a intromissão, o desenvolvimento e dinamismo do Freixo nao se resume apenas a petiscos. Lembro-me assim de repente das caminhadas que tanto tem dado de falar. Ainda nao apareceu nenhuma e o tempo nao está nada mau para a sua realização.

É so mais uma das iniciativas que poderiam trazer mais dinamismo e aliar um pouco de cultura. Entao sugiro que se façam mais eventos culturais, como por exemplo algumas exposiçoes de várias artes ou ate mesmo concertos (apesar de ser evidente a conjuntura economica do momento) ou a ideia do cinema já discutida neste blog, porque não?

De qualquer forma, queria deixar a ideia de que é preciso fazer mais alguma coisa que nao seja petiscos, ou pelo menos inseri-los numa actividade cultural qualquer, pois nao é a isso que o Freixo se resume.

O Menino do Freixo

Caríssimos,

Estive um dia destes a pesquisar alguma informação sobre a história do Freixo para poder publicar uma mensagem sobre o assunto no blog - mensagem a qual já está a ser redigida, mas tencionam fazer um cruzamento de informação que me está a levar algum tempo - e, ao ler o Inventário Artístico de Portugal, de Túlio Espanca, deparei-me com uma referência curiosíssima que nunca antes tinha ouvido falar. Diz-nos Espanca que no século XVII existiu no Freixo um menino conhecido regionalmente pela sua corpulência. Diz-no a lenda que era tão grande que nas suas botas cabiam crianças de 4 anos e a sua história andou contada em Literatura de Cordel da Altura.

Deixem-me dizer-vos que fiquei curioso pelo assunto que está claramente exagerado e que nunca, pelas leis fisionómicos naturais, poderia ser verídico.

Peço-vos, neste sentido, que se souberem de mais alguma coisa relacionada com este tema me o digam através do blog.

Considero que o Freixo tem exemplares fisonómicos bem desenvolvidos, mas nem tanto.

Se conhecerem a história digam-me!

Obrigado pela vossa participação!

Caminhadas

Caros leitores,

Como repararam, coloquei ao lado uma série de eventos que vêm dar dinamismo ao Freixo, entre os quais se destacam principalmente as caminhadas que é, ao que parece, um entretém que agora está muito em voga no Freixo, e que é um resultado directo do Ecomuseu, embora nem sempre seja esta instituição que as organiza (outras a organizam, nomeadamente a Coop).

Ora meus amigos, o que lhes aconselho é que participem nas caminhadas ou se não, ao menos ajudem a divulgá-las, pois acredito que são uma forma muito saudável de convívio e de troca de experiências vividas.

Contudo, da Casa do Povo ainda não surgiu nenhuma iniciativa desta índole. Pede-se que se pondere o assunto (se não se está já a fazer) e se responda às propostas que já foram colocadas com tanda presistência o que é, no mínimo, sinal de manifesto interesse por parte de muita gente. Creio que não é um evento difícil de organizar e que a Casa do Povo não carece de meios que o possibilitem.

Pondere-se, e vamos avante com a ideia!

A Favor da Preferência

Caros Leitores,

Já há dois meses que o Fraxinus Excelsior debate temas que são de interesse do Freixo e principalmente dos que visitam a página. Contudo, creio que é legítimo direito dos que consultam regularmente o blog terem uma palavra a dizer na sua progressiva actualização. Nesse sentido, coloquei ao lado uma questão à qual poderão responder e que é de importância para que este espaço se mantenha, ou possa a vir a tornar-se mais interessante, o que está directamente realcionado com as ambições de cada visitante.

Assim, coloquei várias opções de resposta - que escolhi por irem mais directamente de encontro aos objectivos deste blog -, podendo cada indivíduo escolher mais do que uma opção, ou mesmo se achar que se devem tratar outros temas, se manifeste deixando um comentário à presente mensagem.

A votação será realizada até dia 31 do corrente mês, contudo não tirarei esta mensagem para que à medida que no futuro forem surgindo sugestões de assuntos que se acham proveitosos debater, este possa ser o espaço indicado para as colocarem.

Obrigado pela participação!

Boa Páscoa!

O blog Fraxinus Excelsior deseja a todos os seus consultores, leitores e simpatizantes - e até mesmo críticos - e às suas famílias, uma Páscoa feliz.

Já Abriu o Ecomuseu!

No último fim-de-semana de Março passado a Câmara Municipal de Redondo inaugurou o Ecomuseu, resultado do restauro da antiga escola do Atalho (S. Bento). A ideia é boa: proporcionar uma estadia temporária agradável aos turistas que visitam a nossa região. A criação de percursos está muito bem concebida, pois no seu trilho encontram-se diversas espécies da fauna e da flora assim como também dá aos visitantes uma ideia da variedade que existe na nossa região.

Com a criação do Ecomuseu, o Freixo é, sem dúvuda, a localidade que mais benefícios pode ter. É a nossa grande oportunidade de mostrarmos o que valemos e darmos o que temos de melhor, os nossos petiscos, vinhos, património, amabilidade, etc. Por exemplo, os srs. taberneiros podiam estar atentos aos dias em que vai haver percursos organizados e criar formas de servir algumas refeições típicas: o proveito era vosso. Também salientar que um dos percursos passa pela igreja. Mas julgo que esta por fora nâo tem assim um tão grande interesse arquitectónico que deixe os visitantes satisfeitos, pelo contrário, é frustrante um caminhante fazer todo esse caminho e quando chega à igreja deparar-se com ela fechada. Neste sentido, apelo à Paróquia para que se divulgue um pouco mais o património e que seja facultada a entrada na nossa igreja a mais gente que não os paroquianos apenas, pelo menos nos dias das caminhadas organizadas.

Vamos aproveitar o ecomuseu, vamos ajudar a onda de desenviolvimento e divulgação que ele nos parece prometer.

Cinema no Freixo, porque não?

Fui outro dia ao Centro Cultural de Redondo ver um filme. Nunca lá tinha ido a um desses eventos. Confesso que o espaço é agradável e confortável e que a qualidade da tela não é das piores.

Quando de lá vim, pensei: não era nada má ideia o Freixo arranjar um espaço destinado ao mesmo evento, dentro das suas possibilidades, claro. A proposta que eu faço é a seguinte: a Casa do Povo tem boas condições tanto internas como externas para a passagem de filmes tanto de verão como de inverno (por dentro tem o palco ou as paredes brancas e por fora tem o "anfiteatro" por cima do posto médico). Creio portanto que nao seria muito dificil arranjar as condiçoes necessárias - que são um data show, uma tela e umas colunas de som - para que se podesse criar, quinzenal ou até mesmo mensalmente, um espaço agradável de convívio para todos os interessados. Porque não um protocolo com a Câmara, quem sabe? Tal iniciativa não causaria de todo, prejuizo à Casa do Povo, uma vez que sempre venderia mais umas bebidas. Peço à direcção que pense nesta proposta e venham os comentários de quem vier o blog!

O Efeito Que Esperávamos!

Caríssimos leitores, consultores e assinantes do blog,

É a vocês que me dirijo após este breve período de parca publicação de mensagens, não devido à falta de temas para publicar - pois esses abundam -, mas sim porque assuntos da minha vida pessoal e profissional me têm detido a maior parte do tempo impossibilitando-me de uma gestão mais atenciosa do blog.

O que não significa que deixe de estar atento aos fenómenos que se passam e que merecem atenção por parte de todos nós.

Ao entrar hoje no Freixo pelo lado da Vidigueira, fiquei imensamente contente ao verificar a colocação de uma placa de sinalética da anta da Vidigueira, colocada num local explícito e com muito boa visibilidade para quem vem na estrada. Assim, dou vivas à Câmara por ter, finalmente, colocado a merecida sinalização do monumento e que já há tempo era necessitada aos imensos turistas que a procuram. Se foi por efeito do blog, não se sabe...o que é certo, e cada vez estou mais convicto disso, é que estes espaços de "discussão saudável", como assim foi descrito na nota de abertura, não deixam de ter o seu peso na realização das aspirações de uma população e que acabam por funcionar, mais que não seja porque trazem à baila temas esquecidos que acabam por ser levados ao alto e, quiçá, relembrados e fortalecidos!

Note-se, porém, que ao fazer o elogio, não deixo de lançar outra questão que falta para que o trabalho fique parcial e minimamente completo: não seria má ideia uma limpeza em redor das antas, nomeadamente do Colmeeiro e das Casas Novas, para que se possa chegar ao pé delas e a vegetação não tape a sua visualização. Aproveito, assim, para lançar esta questão para debate.

É a vocês, todos os participantes do blog (anónimos ou não) que dirijo estas últimas - mas não menos importantes - palavras de carinho, porque se acaso este blog tem alguma força, não é por a simples publicação de artigos. O que o torna forte é a expressão colectiva dos anseios e ambições de uma população! Mais uma vez, agradeço a vossa participação e espero que o continuem a fazer para que possamos ter um verdadeiro Freixo reerguido!

Dia Internacional da Mulher

Por todos é conhecido o Dia Internacional da Mulher, um dia de festa e de alegria para todos, em que se celebra a feminilidade no mundo. É um dia que tomou contornos e festejos justos. Contudo, vou responder ao que me foi proposto e vou fazer um breve historial do Dia da Mulher, para que na realidade se possa compreender porque se festeja e se dá tanta importância a este dia.

O Dia da Mulher celebra-se no dia 8 de Março porque neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.

Pretende-se, com este dia, chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.

Legítimos são os objectivos de que este dia esta revestido. Mas era bom não deixar passar este dia em branco, assim gostaria de saber o que cada um está a pensar fazer para colorir este dia tão importante para a história da humanidade!

Boas Medidas é o que Queremos!

Há que notar várias medidas que, não obstantes pequenas, não deixam de colmatar pequenas necessidades da nossa população. Deste modo, como já se pode imaginar, falo-vos da intervenção que a Junta de Freguesia de Redondo operou na nossa aldeia.

Foram estes melhoramentos significativos (é certo que também dão votos), nomeadamente a reconstrução dos abrigos de paragem de autocarro no Chaparro, Casa do Povo e Sobral. Outras medidas outrossim importantes são a colocação de espelhos para visibiliadade do transito tanto na Casa do Povo como no Monte da Fazendinha. Por último, gostaria de render preito à iniciativa que foi a colocação de mesas com bancos nos lugares de encontro da população, a dizer: nos cafés A Cepa e Gato e no Chaparro, que são locais de encontro da população da nossa terra!

Não se trata, com a notícia, de dar apoio político ao MICRE que na actualidade está no executivo da Câmara e da Junta, agora que não deixam de ser intervenções que, embora pequenas são necessárias e devem ser louvadas pela população que as recebe.

Os órgãos administrativos do nosso Concelho vão no bom caminho. Mas é bom ter-se a noção que nem todas as faltas ou necessidades estão colmatadas .

O blog está aberto a sugestões!

"Venenos de Deus, Remédios do Diabo"

Considero neste momento que o blog tomou proporções que não foram as propostas na nota de abertura. Por essa mesma razão decidi eliminar uma mensagem que lançou a polémica e acabou por se estender a uma participação variada baseada na ofensa.

Ao fazê-lo, não deixo de ter a minha opinião acerca do assunto. Assumo que fui um pouco longe demais ao criticar de forma tão dura as comadres. Apenas fique presente a ideia que é possivel dinamizar a nossa terra, que carece de animação e momentos festivos, e que se calhar não é tao necessário sair para o Redondo ou outros sítios (se bem que cada um faz o que entender).

É óbvio que é um dia de festa para as mulheres e seria injusto estarem a trabalhar. Encomendar a comida, usar pratos talheres de plástico seria uma boa opção para que isso se evitasse, não é?

Não pretendo de forma alguma causar polémica, o que pretendo é que o blog traga dinamização à nossa terra e certamente não é a ir para outros lados, deixando as nossas tradições num vazio, que isso se consegue..um Freixo reerguido é um Freixo vivo!

Cuidado com os Comentários

Colocaram recentemente, no blog, um comentário que servia de insulto a várias pessoas. Ao vê-lo eliminei-o. As razões pelas quais o fiz foi porque, como dizia na nota de abertura, este blog limita-se à discussão saudável de assuntos, essencialmente do Freixo (e não de quaisquer rivalidades entre terras vizinhas). é com muita tristeza que me vi obrigado a intervir, optando por moderar os comentários que deverão ser publicados no blog. Se calhar o erro foi meu, pois confiei no bom senso e civismo dos participantes. No entanto, não estou disposto a ver a utilidade do blog transformar-se noutra que não foi a inicial, ou seja, o dar o parecer, opinião, crítica, ou até mesmo censura, sobre as mensagens publicadas.

Assim, a partir de agora, todos os comentários que forem escritos por todos os participantes serão moderados por mim.

Não quero de modo algum, desencorajar a vossa participação no blog, pelo contrário, conto que ela seja cada vez mais activa. Contudo, também pretendo que seja proveitosa.

Participem sempre!

O Freixo Marca a Presença!

Já famoso é o Carnaval do Redondo. O cortejo e a antiga batalha das flores que, dadas as duas voltas do cortejo, a terceira, em vez de deitarem farinha, ovos e balões (produtos que bem mais valia serem investidos em iniciativas com mais utilidade), deitavam molhos de ervas primaverís. Foi com grande alegria que o Freixo participou no corso carnavalesco de Redondo. E de verdade marcou presença com um tema lindíssimo: as antas do Freixo, tema que vem bem a propósito nesta altura do campeonato (não o mostrasse assim o nosso blog). Uma grupada de homens e mulheres pré-históricos desfilaram atrás de uma anta situada num lugar proponderante dentro do grupo, elevada num tractor. A ideia, pela opinião que fica do senso comum, foi aplaudida e teve sucesso, brilhando no cortejo com todo o esplendor ("os de Freixo são os mais alegres"), envolvida em danças e uga-ugas feitas pelo grupo.

Fica presente mais uma vez, o investimento da Casa do Povo numa iniciativa em que o Freixo nunca tinha participado anteriormente. Foi óptimo ver todas as idades da nossa aldeia, (e também com pessoas que não são de cá mas que vieram com todo o brilho participar na festa) a desfilarem com alegria pelas ruas de Redondo e, em jeito de remate final, como não podia deixar de ser, pelas ruas do Freixo, onde foram igualmente aplaudidos! Esperamos que para o ano haja mais e que voltemos a ser uma referência de bom grupo no cortejo!

Dia dos Compadres

É tradição de alguns concelhos alentejanos realizar uma série de festejos que preparam a caminhada para o rubro do Carnaval. Na penúltima quinta-feira antes do Carnaval celebra-se o chamado Dia dos Compadres. Este dia é assim chamado porque é uma festa que se caracteriza por ser uma reunião restringida a homens.

No Freixo, os homens reuniram-se na passada 5.ª feira, dia 12, na Casa do Povo para comemorar a data. O evento em si é fácil de descrever: bebeu-se e comeu-se bons petiscos da região (e outros mais gerais - como é o caso da entermeada e frango assado).

Mas mais do que isso, ficou marcada uma noite alegre de cantarolada com os regressados "Ladeira a Baixo" grupo amador de cantes alentejanos, acompanhados pelas vozes sempre afinadas dos varões freixenses. No decorrer da noite esteve sempre presente um confraternização por vezes seria, por outras mais brejeira, como faz parte destas situações.

Foi bom a tradição repetir-se este ano. Deixem-me render preito à organização da Casa do Povo de Freixo por ser neste momento o único organismo vivo desta terra a ter iniciativas que vão sempre à união da sua população. Para o próximo há mais, se Deus quiser!

Os Monumentos Megalíticos de Freixo

Os monumentos megalíticos são um dos testemunhos mais evidentes na paisagem (senão o mais evidente) que prova que a ocupação da nossa região remonta a milhares de anos antes da nossa existência. Pela sua natureza, as antas são monumentos construidos pelo homem nos IV/III milénios a.C. e tinham como finalidade, contrariando o que nos possam dizer as lendas, servir de locais de enterramento. Aos nossos dias chegaram, na maior parte dos casos, apenas os "esqueletos" dessas construções grandiosas que, na sua forma original, eram cobertas com enormes quantidades de terra e pedra, criando uma elevação no terreno (a mamoa). A entrada era feita pelo corredor, sempre orientado a nascente.

Tais testemunhos são abundantes na região do Freixo, o que se verifica com os dados recolhidos pelo Dr. Rui Mataloto e pelo Professor Doutor Manuel Calado, no levantamento arqueológico do concelho levado a cabo e cujos resultados foram publicados na Carta Arqueológica do Concelho de Redondo em 2002.

Assim, das cerca de 50 antas localizadas na freguesia de Redondo, grande parte delas localiza-se na região do Freixo, donde se devem destacar as mais conhecidas - uma vez que em 1910 foram classificadas Monumento Nacional -, que são a Anta da Vidigueira e a incorrectamente classificada Anta do Colmeeiro, que na verdade se situa na Herdade das Casas Novas e é conhecida popularmente por esse nome, podendo induzir em erro os conhecedores do terreno e levando-os a confudi-la com uma das verdadeiras antas do Colmeeiro. Além destes dois, existem muitos mais monumentos deste género na área envolvente do Freixo, a dizer: nas herdades da Quinta do Freixo, Paço, Godinhos, Dessouras, entre outras.

Com um património tão vasto no que toca ao megalitismo, não seria de mau tom por parte da entidade autárquica, ou de qualquer outra a quem o compita, organizar uma rota de sinalização clara e evidente destes monumentos que possa superar as actuais indicações avulsas que aparecem e desaparecem e que deixam os turistas ou interessados que vêm ao Freixo na esperança de visitar as antas, perdidos, o que os leva, como é evidente, a desistirem de as procurar e a voltarem decepcionados e com uma má imagem do sítio.

Há que notar alguns progressos: a Anta da Vidigueira foi intervencionada pelo arqueólogo Rui Mataloto em 2008 e, chegando a um acordo com o proprietário, a cerca que vedava o acesso à anta foi alterada, permitindo, assim, o contacto directo dos visitantes com o monumento; a Região de Turismo de Évora também colocou placas informativas junto de alguns dos monumentos. Contudo, tais esforços foram em vão se não se apostar na sinalética.

Vamos deixar os nossos visitantes satisfeitos e vamos fazê-lo apostando no que temos de melhor. Nesse ponto, o nosso património megalítico tem, sem dúvida, lugar privilegiado.

Património em Renovação

Em meados do passado ano 2008 surgiu por iniciativa do pároco local, António Sanches, uma campanha de restauro da talha da Igreja de Nossa Sr.ª da Assunção do Freixo para lhe devolver o dourado original, uma vez que uma acção demente do passado imemorial a desvirtuou, aplicando-lhe porpurina. Tal campanha foi, sem dúvida, uma grande aventura para uma comunidade aparentemente com recursos insuficientes para cobrir a despesa correspondente ao restauro do altar-mor da igreja, que foi a meta estabelecida de início.

Depois de completa a primeira obra e de se ver o seu efeito solene na ornamentação do templo, achou-se que os altares laterais de St.º António, N.ª Sr.ª dos Prazeres, Cristo Cruxificado e N.ª Sr.ª do Rosário contrastavam com o brilho luminoso do altar-mor e começou-se a obra de restauro desses mesmos altares que, acrescentado à despesa da primeira obra, implicava ainda maiores esforços por parte da comunidade. A somar a estas obras foi restaurado o quadro da Ascenção de Nossa Senhora que se encontra por cima do arco da capela-mor. Fizeram-se algumas modificações: o Santíssimo foi transladado do altar-mor para o seu local original - o altar de Cristo Cruxificado (conclusão a que se chegou pelo estudo feito por entendidos na matéria) e foi retirada uma parte da talha do altar-mor, deixando assim a descoberto um dos quatro elementos terminais existentes nas pinturas de fresco da abóbada da capela-mor.

Ora, perante a realização de uma obra de esta envergadura, é caso para congratular tanto a população como a Igreja, nas pessoas dos párocos, pela iniciativa (levada a bom termo, diga-se) de salvaguarda do património local que o feito representa. É caso também para se concluir que basta um pouco de esforços por parte de todos para que se realize qualquer projecto, viável, e que traga benefícios à aldeia de Freixo, não só no ramo do património - como esta obra serve de exemplo - mas também a todos os outros níveis. Esta obra demonstrou as capacidades e o empenho de uma comunidade pequena, mas com espírito colectivo, os quais serão indispensáveis para o presente e ainda mais para o futuro que se adivinha.

O Cantar dos Reis

O Freixo cumpriu a tradição local ao, na noite do dia cinco do passado mês de Janeiro, ter cantado os Reis, numa iniciativa sob a aste da Casa do Povo.

Reunindo um grupo que englobava cerca de 20 indivíduos das mais diversas faixas etárias, as ruas do Freixo foram percorridas pela noite a fora cantando num vocal afinado, acompanhado por uma tocata organizada, constituida por acordeão, viola e bombo. O grupo bateu às portas gritando traco traco! esmola pró saco! não seja muito pequena senão cai pelo buraco! e não dispensou a garrafória da aguardente para se ir aquecendo, assim como aos visitados, numa noite branca de geada como é típico no mês de Janeiro.

O povo, como não podia deixar de ser, aderiu de boa vontade a uma tradição que renasceu à séria, uma vez que durante muitos anos os Reis deixaram de se cantar, ainda que de há uns anos para cá um grupo de gaiatos se tenha lembrado de a reiniciar com sucesso.

Os donativos foram avultados e servirão para uma iniciativa de confraternização organizada pela Casa do Povo a toda a comunidade, donde todos eles emanam.

Foi uma noite plena de alegria, de descargo de consciência pelo cumprir da tradição por parte da comunidade freixense.

Nota de Abertura

Caros conterrâneos freixenses,

É com imenso gosto e orgulho que damos abertura a um espaço que no vasto mundo da internet se reserva à nossa bonita terra que é a aldeia do Freixo. Foi criado com o objectivo de transmitir notícias - oficiais ou não - que são do interesse de todos os que apreciam e vivem nesta bonita aldeia no sopé da Serra d'Ossa.

Pretende ao mesmo tempo tornar-se um espaço útil que procurará, através do diálogo aberto, dar aso a iniciativas (ou até mesmo críticas) construtivas que contribuam para o desenvolvimento da aldeia e bem-estar dos seus habitantes, ao mesmo tempo que procurará relembrar algumas datas importantes, tradições e factos históricos relativos à terra.

Este blog não tem quaisquer intúitos descriminatórios, mal-dicentes, ou desunidores, pelo contrário é um blog que apela à união de todos os "amigos da terra" para que se possa dizer à próxima geração, que será de um número bem mais diminuto do que a actual: o Freixo existe!

A todos vós, um grande bem-haja!